Se eu pudesse desbravar o que há em mim Na hora que nasce e esfarela com o tempo irmão E não rezar em vão e compreender por que O gigante cospe fogo e quer pegar você Compadece com a sua fraqueza, mas não ajuda você. Seu sangue em minhas mãos Uma lágrima no olhar Prometo não fugir nem me entregar Vou lutar até o fim O muro cairá Prometo não fugir nem me entregar Só me entrego à força Só me entrego à força que vem de Deus Força que vem do céu Vejo uma criança em meio ao lixo Que corre nu sem o seu sangue azul À espera de um milagre que te faça feliz E escapar por um triz Do futuro que aprisiona nossos dias E ser um santo E com seu manto Se esconder de toda essa violência que te causa dor Santo e com seu manto fugir da insensatez da pobreza E do pecado da cor Só me entrego à força Só me entrego à força que vem de Deus Força que vem do céu