Êta mundão sem porteiras Cova da Onça chegou Vem nessa, é festa do interior Do alto do bronze eu vim te encontrar de novo Ninguém segura a escola do povo Vamos simbora, minha gente, pé na estrada O galo canta, anuncia o amanhecer Pega a viola, se achegue pra cá No arrasta pé eu te convido pra dançar Ôôô, me lembrou a velha África Ôôôô, e o povo de Tupã Me fiz fiel em procissão Nossa Senhora, me dê proteção É furiosa a batida do tambor Dessa gente que se une Na alma e na cor Anoiteceu, o céu alumia A alegria toma conta do arraiá Toca sanfoneiro pra dona do meu coração Nessa ciranda, o samba é quem dá o tom Plantei a minha verdade Pra colher felicidade A tradição que se fez semente Vem do interior da gente Do coração do Brasil Traz a mensagem de paz No vermelho que faz renascer o menino Vê germinar nesse chão É dourado o grão, um presente divino Brotam nativas canções Tantos artistas imortais Quarenta anos da mãe dos festivais