Xangô ôô Vai ter kizomba carregada de axé Sou aganjú, trago machado da justiça Pirata negro, eu sou lavapés O brado na pedreira ecoou kaô kaô Para anunciar sua chegada No alto da montanha trovejou O Sol traz essência da vida Embala uma força sagrada para consagrar o nosso chão O fogo do conhecimento Guerreiros da justiça vem trazer Sabedoria kaô xangô kabeclie Prepare a curimba, veludo chegou Vai batucar de vermelho e branco Sou a pioneira, tem que respeitar Bato cabeça pra xangô na quarta-feira Oferto o seu amalá, lá na pedreira Mistérios onde não tinha vida se encontrou Sopro da areia no deserto Vento frio na mata desvendou Nas ondas do mar de uma paixão Navegou em busca do amor Leito de um rio de riquezas Que desagua em nossos corações Com olhar de fogo de oxé nas mãos Bravura e garra de um grande leão Salve omenino de oyó Foi coroado o rei da nação