Sou o beijo do mar no porto Alegre, festejo meu chão, meu lugar De vermelho e branco curo a minha dor Sou povo, sou imperador! Soou a sirene, a luz acendeu Em cada palco da cidade, lá vou eu Faço a passos e traço a história velada Num elenco de estrela, senhor da calçada São Pedro me abraça, oh solo sagrado Matriz de tanto aplauso No anfitrião do sol poente A orla emoldura o entardecer Na casa do poeta eu passarinho Vou na boemia renascer Sinfônica vai tocar... É dia de jogo O céu azul e as ruas de fogo Bate na bola, acelera o coração A cada gol eu sinto o som da emoção Arte por toda parte Batuques em cortejo à procissão A pé, a fé e axé se encontram Harmonia a quem cultua a tradição Verso e prosa em palavras bonitas Das folhas a sombra inspiram o escriba Histórias se cruzam na esquina Na luta, no voto e na rima Amar é resistir, redenção é dar a mão à liberdade Punho cerrado me aquilombo no zumbi A voz que vai subir por igualdade Amar, (Re) existir, é a missão na busca por felicidade O samba faz a gente sacudir Pisa forte, canta aí... Comunidade!