Sr Ernesto

Verde, Amarelo e Azul

Sr Ernesto


Carimbos em papéis que correm pelo ar
Mortes alastrantes que não deixam a desejar
Mudar a opinião é perdição
As manobras de estado tendem a escrotidão

Mas afinal quando foi que acabou?
Não sujam roupas, nem fazem clamor
Tendo caminhadas, difundindo opinião
Trocam conquistas por lamentos num porão

Crie coragem pra gritar

Mas afinal quando foi que acabou?
Não sujam roupas, nem fazem clamor
Tendo caminhadas, difundindo opinião
Trocam conquistas por lamentos num porão

Noites em claro na televisão
Costume tradicional de família
Amarelo, azul e verde no calçadão
Opiniões impostas pelo  patrão

Mas afinal quando foi que acabou?
Não sujam roupas, nem fazem clamor
Tendo caminhadas, difundindo opinião
Trocam conquistas por lamentos num porão

Crie coragem pra gritar

Mas afinal quando foi que acabou?
Não sujam roupas, nem fazem clamor
Tendo caminhadas, difundindo opinião
Trocam conquistas por lamentos num porão

Desculpe estar aqui
Sou apenas um jovem cansado de fugir
Sujo e com feridas nas mãos
Não fecho os olhos para o show
Mas continuo a correr
Mesmo mudo
Mesmo surdo
Não irei recuar
Não vou deixar de pensar
Em destruir os muros que separam aqui}

Não vou sentir vergonha do meu amor
Não vou sentir vergonha da minha cor
“Se penso logo morro
Liberdade é escravidão”
Não vou ouvir o mantra desta nação

Mas afinal quando foi que acabou?
Não sujam roupas, nem fazem clamor
Tendo caminhadas, difundindo opinião
Trocam conquistas por lamentos num porão

Crie coragem pra gritar