Não adianta chamar de flow O que para mim sempre foi levada A desenvoltura com as palavras intimidade com as historias mais amargas Sensibilidade para falar de assuntos delicados Meu discurso e mais incisivo que a ponta De uma agulha , estiletes amolados Para contar o que rola nas quebradas Sou que nem uma agulha no palheiro Para me achar vai ter que me procurar o dia inteiro Quase ninguém da meu telefone e meu endereço Tem nego que tenta descobrir de qualquer jeito A todo custo paga qualquer preço Não gosto de muita mirabolancia Nem de muito adereço Qualquer coisa ruim que aconteça comigo Demora um pouco, mas em alguns dias logo esqueço E que na escola nunca fui bom em decorar tabuada Sendo o poder de esclarecimento do meu flow Como queira da forma que preferir Ou como eu diria do meu jeito O poder da minha levada Afiada como um fio de navalha Destroçando seus argumentos Que nem fragmentos reunidos Costurados ainda podem me servir de mortalha Para ser enterrado Mas muito bem alinhado Para quando eu perder A ultima batalha No nosso duelo, Vou ser o carrasco Que vai cortar sua cabeça E fazer de você um fiasco Do século Guardar seu cérebro Num frasco Sexos plexos nexos Cactos cidades fantasmas Espectros Pense bem o que você vai deixar para seus netos Mulheres e crianças primeiro Enquanto eu for o timoneiro