Eu cresci no meio das cobras Eu cresci no meio dos cães Eu cresci vendo atrocidades Era de famílias sem mãe! Eu cresci vendo a face da morte Eu cresci no meio do caos Eu cresci vendo a violência Eu cresci num mundo desigual! Eu lutei para estar aqui Escalei montanhas para conquistar Canalizei meu ódio E gerei forças pra lutar Não viver em vão Fuja do assédio, não tem termo médio, busque um remédio pra curar sua dor! Não viver em vão A vida é curta demais pra desperdiçar com essas coisas sem valor Eu li no jornal a matança Eu vi na TV o terror As almas anseiam mudança Tudo leva ao desamor! Não é um conto maquiado Roteiro não manipulado Aqui não tem certo ou errado Bem-vindo à cidade do caos! O ceticismo acorda cedo Veste felicidade Travestida de liberdade Presos em sua própria vontade A mesmice da marginal Brigas na central Fé mecânica ignora o relacional Pingado no bar da esquina Jornal: Golpe, tragédia, chacina Nada de novo debaixo do sol Tudo é sensação e autossatisfação Não viver em vão O que conhecemos e experimentamos é parcial O perfeito virá Certo de que esse sofrimento não se compara Com a sua glória Morro pro eu, vivo pro eterno Trilho uma nova história Não viver em vão! Fuja do assédio, não tem termo médio, busque um remédio pra curar sua dor! Não viver em vão A vida é curta demais pra desperdiçar com essas coisas sem valor Cidade do caos!