O som das trombetas rompem os céus Em juízo eis meu redentor Surpreso semblante face a face com o terror Recordo com apreço os atos meus Quando a consciência se fez réu Como ajudam as preces e orações? Justa é a balança que afere os corações De que servirão os meus troféus? Se fui posto em cova ou mausoléu, se habitei em ruas ou mansões Mas se alguém irá julgar Sou eu, pelas migalhas que não dei Pela vida que inventei por ser mais fácil acreditar Essa busca em ser rei dos reis dos reis não vale nada Se não encontrar o rei em mim Calam-se as trombetas sob os céus Ouço a voz do amor elementar E materializam o ensinamento secular Simbolismo, nobre Caduceu Quando a inconsciência se faz réu Como ocultar revelações? Leve é a pena que liberta das prisões Trata-se de dar, e não de ter Apoiar ao invés de combater, de transformar dores em lições Mas o engano é ignorar A luz da própria lucidez Nada escapa à sua lei Eu sei, não dá pra evitar No fim será você Você e você perante as falhas Quando encara o juiz de si Mas se alguém irá julgar Sou eu, pelas migalhas que não dei Pela vida que inventei por ser mais fácil acreditar Essa busca em ser rei dos reis dos reis não vale nada Se não encontrar o rei em mim