Agridoce (Sonekka/Zé Edu Camargo) Um cara como eu Devia ter um calo No lugar do coração Devia trazer Duas pedras na mão Devia cantar Como quem cospe no chão Um cara como eu Sabe do que fala Quando diz do desamor De solidão Da dor que não passou Desilusão De não saber onde errou Mas toda rasteira Mas cada tombo As porradas mais doídas Todo susto nesta vida Me fazem mais forte E eu sigo em frente forjando o aço Afiando o corte Eu sou duro na queda Hardcore Mas não perco a ternura jamais Eu vou pra guerra Mas sou de paz Se num soco beijo a lona Eu me levanto E o sangue agridoce em minha boca É o mesmo que me aquece o coração