Cidade de neuróticos, cidade de narcóticos De um povo que não vive, sobrevive Sente preso, sempre teso, mesmo livre Cidade de protótipos, cidade de caóticos De um povo que se mata, desmata E rechaça sua raça vira-lata Para ocos e para poucos, parapeitos e pára-raios Para parafusos soltos, parasitas e paraguaios Pára-brisas e pára-choques, paradoxos paralíticos Parabólicas de aço inox e paralelepípedos Paraísos paralelos, pára-quedas para se salvar Paranóica, bota o chinelo, pára para respirar Pára para respirar