O copo O copo e eu Eu e o copo Ah, se eu fosse contar Um copo pra mim Não é um simples objeto Que se olha, se pega e Com raiva se quebra Há quem diga Tem substância além da conta! O copo pra mim É mais que um amigo O copo, pra mim, é um amigo dileto! Como posso largar o copo?! Companheiro fiel Sempre tolerante Ao escutar meus rumores Se o problema é dor Espumante Dispensa doutor Se é pra morrer de alegria Pense, numa boa companhia! Como posso me afastar De um copo [?] Se com um simples gole Abre mil confrarias? Como se não bastasse É um grande confidente O copo se basta Quando diz: Ciente! Como posso deixar o copo? Incansável no trato, na forma E no que me seduz Seu tilintar abre festas e Na escuridão é luz! Mas se me encontro macambúzio A remoer desatinos Não me larga o pé Aumentando minha fé! Nada se compara a um copo Quando o assunto É carnaval, futebol ou mulher! É ou não é? E agora Refazendo meu copo Do bem ou do mal Beba com moderação! Eu quero é me afogar no copo Que é pra vê se ela Entende minha arquitetónica razão