As luzes passam tão depressa Pela janela do ônibus Tantos rostos tão familiares Se perdem em meio ao caos da cidade Me afogo no clarão da noite Imerso nesse mar de possibilidades Por entre as veias de cimento e concreto Será que vou te ver outra vez Estamos todos navegando Nesse mar de concreto Lutando contra a grande tempestade Que é o tempo Somos todos náufragos urbanos Se afogando nesse mar profundo de apatia