Eu quero estar leve Quando o fim chegar Eu quero estar livre Pra poder voar Eu quero estar vivo Quando a morte chegar Eu quero sentir o frio Se despedaçar Não quero sacrifício Só tenho a te dizer que eu não me importo mais Cansei de ser moinho Agora é minha vez de ser o vento E agora o que a vida nos trás? Indiferença é o que não suportamos mais Pessoas nascem, vivem e morrem Esquecendo que caixão não tem gaveta E deixando um amontoado de conquistas para traz A gente morre sozinho Mas dependemos uns dos outros pra poder viver E todos os dias eu me pergunto Onde foi que erramos pra tanta desgraça acontecer Todos somos moinhos Mas precisamos também ser o vento que sopra nosso caminho Nos tornando operários da vida humana E ao mesmo tempo deuses do nosso destino Não quero sacrifício Só tenho a te dizer que eu não me importo mais Cansei de ser moinho Agora é minha vez de ser o vento