Há um caminho que segue por baixo Do rastro dos homens que não puderam enxergar Há uma certa miragem que custa a metade Da verdade que já tentei comprar Há uma selva de cantos e tantos encantos desprezados da velha imagem tua E com todos os chegos de teus aconchegos só me resta a nua pele crua Essa tua ideia aparentemente me prende, causa morta É só mais um pedaço de vidro polido que o tempo vai quebrar E derramar Miragens, retratam o quê Imagens revelam porquê A alma de um velho Ipê A calma de velho beber Mensagens que ninguém vai ler O céu que um dia se escondeu Sereno a se esvair Deserto no horizonte Atravessar No ciclo que nunca cessa já não interessa quem pode ou quem deixa de amar É só mais um adereço nesse teu peito que não cansa de esvaziar Já diz a velha vidente que o rio corrente de gente sempre corre pro mar Mas há uma certa loucura que o são insano jamais poderá encontrar Miragens retratam o quê Imagens revelam porquê A alma de um velho Ipê A calma de um velho beber Mensagens que ninguém vai ler O céu que um dia se escondeu Sereno a se esvair Escravo do amanhecer Aos que entendem O caminho abandonado que antes fui Pois também sou alguém que não vai acordar Miragens de você