Me debati, tentei tapar, porém não deu De lá pra cá, quase quarenta, o corpo espasma E vai de novo, até o tempo envelheceu A alma quer, sufoca sem, pulmão com asma O caso é sério, e aquele polo, após açúcares É tédio e fel, e entre os dois a ponte pênsil Coração burro, mas não ria, os seus nenúfares (E pelo visto, a morte não será silêncio) Vagam nas águas da corrente subtérrea Nenúfares? Não brinque, a carne é noite cega O perigo da vida como objeto, erra De tostão a tostão que lhe dá e lhe nega A mão do mundo ou qualquer outra, doação Danada; vai, se afogue aí, diz sempre alguém (Máscaras não, não se resolve a relação) Ou minha língua já confusa e muito aquém