Em nossas ruas ao anoitecer não há soturnidade, mas melancolia. Felicidade alheia estreita à alegria Despertam-me um desejo absurdo de sofrer Envelhecemos como idiotas, somos felizes com a nossa apoplexia O cristianismo está estuprado e a política é megalomaníaca Em nossas ruas ao anoitecer há o aumento da inutilidade Os muros caídos não estreitam os laços, nós nunca pedimos perdão. Escrevemos com nosso sangue em folhas envelhecidas de papel Sutis diferenças entre o bom inferno e o bom céu O que eu quero entender ninguém me explica A escola e o estado são só instuições falidas E me revolta ter de ver essa juventude tão cativa Sempre queremos nossos inimigos vivendo mais e mais ainda Há poesia em corpos mortos a um estado de putrefação estética Rosas transgênicas do teu perfume destinguindo o que presta do que não presta Bioética, biosegurança, geopolítica, falsa esperança, poema árcade com pouco sentimento, burguês-burguês, noruegueses negros O que eu quero aprender ninguém me ensina A verdade não é uma super teoria que explica nossas vidas Sempre deixo transparecer no meu rosto os meus fracassos O sangue que escorre dos livros de história não sujam nossas mãos tão limpas. O que eu quero aprender ninguém me ensina A verdade não é uma super teoria que explica nossas vidas Sempre deixo transparecer no meu rosto os meus fracassos O sangue que escorre dos livros de história não sujam nossas mãos tão limpas. Sempre queremos nossos inimigos vivendo mais e mais ainda O sangue que escorre dos livros de história não sujam