Sou nada e tudo Sei tudo do nada Mas nada não é tudo E entendo algo do mundo. Tudo não é nada Tudo é inconstante. Desequilíbrio intinerante. Não há verdade absoluta. O mundo é parte do todo Onde se teme o obscuro. E se clama por um deus. Deuses feitos de gesso Crucificam a mente do homem Não transmitem o calor Nem mata a fome do homem flagelo Proliferando a miséria E criando indústrias da fé; O homem trai o criador E vende a sua própria fé. Amém para todos os homens Que proclamam a verdade E que viram no ser A virtude de não ser selvagem. Amém para todos os homens Que com a força de Antônio Ergueram a fé e puseram medo Em homens covardes. Fogo para todos os homens Que apagam a utopia Na crença de um ser Que não castiga a humanidade Fogo para todos os homens Que cultivam a insanidade, Que ganham em cima da fragilidade Realidade Miséria Do homem. Sou nada e tudo Sou um mudo Falando pra alguns surdos.