Furtam, em meus olhos, Espaços renitentes Onde se consome A mentira exposta em néon. Gritam as pessoas Pela desordem que ecoa E nos guetos da cidade, Um sonho renasce. O homem nasce livre, Mas por toda parte Encontra ferros a lhe amarrar Viver é necessário Para educar e eliminar o mal Que vive a nos perturbar. Vozes no mundo a ecoar Eu não quero ferros a me amarrar Vozes no mundo a ecoar Eu quero mesmo é me rebelar. Mundo globalizado Cheio de informações Monopolizadas pelos figurões. Vida suburbana Com a cara na vitrine Achando que o mundo é sublime. Com a barriga na cabeça, Viro fome intinerante Com os olhos no futuro, Vejo a morte na esquina. O copo na mão faz o passado esquecer Que na vida já tive algo a perder. A arma na mão Faz o futuro lembrar Que o mundo precisa se transformar. Armas e guerras, Palavras e atos Fizeram o homem Matar e morrer. Utopias à mão, Coragem à frente, Guerra iminente Lutamos pra viver.