(James) Eu não tenho patentes nem ações da Faber Castel Não sou concorrente dela, mas eu faço o meu papel No jornal Primeiramão tenho as mesmas finalidades Só que vendo a idéia certa com mil e uma utilidades Tipo bombril, cobertor pra quem tá com frio Eu aqui você aí e o Bill comanda o fio Eu falo palavrões e a sua vizinha treme Eu xingo o presidente, depois tiro a PM Viajo de avião, carro, ou pelos ares Rimo em várias línguas de Brasil a Buenos Aires Com terra ou sem terra eu também sou movimento Pra muitos a consciência, outro grande tormento Pareço o Nelson Rubens ou a Fifi na esquina Rimando a sua brecha, fofocando mais que as minas Quero abraçar o mundo com apenas uma mão Pra fazer a Kilométrica versá uma canção Pegar um microfone, improvisar um freestyle Com palco ou sem palco, dentro ou fora do baile A diferença é que o Estadão funciona Eu roubo a cena da TV até em noites de insônia Pelo vento ou por uma grande onda sonora Não respeito seu horário, eu chego a qualquer hora Venho pra destruir toda a alienação A terra vai borbulhar como um vulcão em erupção Pular, pipocar que nem milho em panela Sem novela, eu corto a força e você fica à luz de vela Tente me derrubar, aí Não é tão fácil, não Eu uso a força e não respeito o apagão Tenho histórias pra contar, mais que o velho pescador Mais lições pra te ensinar, mais do que seu professor Tô sendo procurado por toda cidade Por criança, adolescente até o tiozinho da terceira idade Já ouviu falar de mim? Mas não sabe quem eu sou Você sabe de onde eu vim? Mas não sabe pra onde vou Eu tô chegando, se prepara Eu sigo a idéia e a rima não pára (Réu) Sou a fusão, a junção dos quatro elementos Suprindo a sua mente alimentando-a com conhecimentos Estou nos muros, nas ruas, em alto-falantes Incomodando, atormentando a classe dominante Tenho mais ordem e progresso que a bandeira Sou tão popular quanto a música brasileira O ritmo e a poesia em sintonia Combatendo a desigualdade e a hipocrisia Sou triste, alegre, louco com o que vejo Não sou do samba, mas tenho suingue e molejo Se os três elefantes incomodam muita gente Os quatro elementos incomodam muito mais Um remédio eficaz pra abrir seu apetite A rima real da rua que a televisão omite Eu sou a voz que atormenta o subconsciente A terapia, a cura pro moleque doente Estou presente na sua vida a todo momento Os quatro elementos, a cultura em movimento Facínoras estudam uma forma pra me usar Me colocar na mídia, me comercializar Virar lixo fonográfico, artista pornográfico Produto que dá lucro e deixa o povo eufórico É desse jeito que o sistema funciona Com o lixo fonográfico seu ouvido infecciona Eu monto uma comunitária, invisto na cultura Quebro a programação e acabo com a tortura Tipo bico de festa, eu chego entrando Tenho um arsenal de rimas pra chegar bombardeando Eu não quero ser pastor, nem quero te dar sermão Só quero o ser humano se abraçando como irmão! Sabem quem eu sou? A nossa evolução Renovação já! Basta ser malandro para perceber