É que eu nasci à beira-rio Hei-de morrer à beira-mar Se há comida na mesa Eu passo o dia a trabalhar E um dia eu hei-de ser maior E se p'ra sempre me lembrares Lembra-te de um puto sorridente a sublinhar Se é impossível p'ra esses pussies vamos possibilitar Até ao impossível garantido se tornar Evolução da espécie tantas peças a ordenar Tanto livro de História à espera do teu lugar Meus putos querem o Mundo Nunca menos Mesmo que branco no entretanto cubra-me os cabelos Moral p'ra vir mandar a baixo muros não cabemos Nem diminuímos sonhos p'ra caber Isto é demasiado sumo p'a esses termos Call me Jota pontapé na porta grande Riam do puto lento só que agora eu não abrando Se ouvires o som do vento numa planície distante São rapares aliviados de eu não querer o que eles têm Nem com os astros alinhados eu acabava refém Porque eu curto mais de abraços do que fotos com alguém Eu não posso ser comprado, isto é tradição de Nach Isto nunca é comparável a um palhaço que entretém Isto é cada dor que eu passo Se é dor a cada traço É por amor Eu encontrei um espaço tão transformador Em cada som Apenas vida Dando vida a cada som Enquanto eles constroem muros mano Eu moralizo manos p'ra os mandar abaixo É impossível encontrar encaixe Fé nessa merda desde o contrabaixo Depois de tanta dor e tanta cura Já não há limite Enquanto houver procura por amor, a mais Eu sei que Jota puto um dia vais Chegar mais longe que os teus ancestrais Não fui eu quem te perdoou Tu já nasceste assim Assim que o entenderes vais entender tudo o que atrais