Ninguém vai me calar Aqui amanhece como em qualquer cidade Rotina do desemprego se torna religiosidade Mas vai na fé que um dia sua vida vai mudar A miséria em sua volta é que vai te levar Pro inferno, pro medo, onde todos são suspeitos Pra morte sem sorte, o consumismo te fode Nas grades do preço com a fé e a mão no terço Pra orar e pedir, refletir e mudar O seu ponto de vista e modo de pensar Na maneira de todos poder se salvar De atitudes de extinto Que levam sua vida pro vício Não há resistência pra ira Síndrome de abstinência te tira a vida A paz o sossego o descanso a infância Pagina rasgada sem ter importância Apagada, amassada, riscada do mapa A massa encefálica sempre esteve informada Camuflada, infiltrada na manhã de geada Minuano soprando é o seu lábio que racha Sistema Falido revolucionando a batalha Meu RAP com guitarra não tem carta marcada Um país que se mata com tiro e facada Inflação disfarçada não deixa ter sua casa Trabalha, batalha por uma casa alugada Salário mínimo hoje em dia não serve pra nada Paga luz, paga água e pro remédio ainda falta Comida racionada, sua vida é mal tratada. No descaso te enxergam sem dar uma palavra Uma ajuda, um emprego, reconhecimento e respeito Sei que errei com meu livro fechado Mas agora ta aberto e ninguém vai me calar, e ninguém vai me calar Ninguém vai me calar Ninguém vai me calar