Filho do tempo, filho do vento, filho do mar Sou do beco do beco, um negro lanceiro, guerreiro do batuque do bumbo legueiro E o terreiro que cansa da lança que dança, a riqueza a pobreza Da sorte do azar, um filho do verde da mata queimada Uma esperança, mais um sonho uma vontade de viver E crescerão sem saber do medo que vão ter A classe política é sempre piada Você se matando e eles dando risada Na periferia continua a guerrilha Liberdade é perdida pagando com a vida Guerra que mata, mulheres que choram e homens que lutam Minha rua de terra, minha vila, minha vida Saudade que não tem remédio nem cura Não tem, não, não Não tem remédio nem cura Não tem Não tem remédio nem cura Não tem remédio nem cura Não tem remédio nem cura Evolução do homem respeito faz parte Seleção natural Tsunami é arte Maremoto, vulcão, terremoto, desastre Muita bala perdida destruindo sua família Sua voz de justiça não omite, suplica Destruindo apagando, silenciando a chacina Chico Mendes foi morto por dizer o que sabia Seringueiro da mata na Amazônia há cobiça No cangaço te matam te jogam na catinga Onde está Lampião pra fazer a justiça Pra fazer a justiça, justiça Sua voz de justiça não omite suplica Sua voz de justiça não omite suplica Sua voz de justiça não omite suplica, suplica, suplica Filho do Sol, do fogo e do ar Filho da noite morrer ou matar Sua voz de justiça não omite suplica Sua voz de justiça não omite suplica Sua voz de justiça não omite suplica, suplica, suplica