Ando por essas ruas Como quem vai se despedir Vejo gente cansada Feia, e fraca tão pra lá Povo da montanha Esse seu viver me espanta Onde sua gloria Cadê a coragem antiga Quero nessas ladeiras Nessas esquinas conversar Mas não sei o que é há Não sei o que houve ou haverá Povo da montanha Vê se acende sua chama Faça alguma coisa Mande abrir o rio verde Trem na serra brilhou Barulho risonho, de estação Sou de um povo fechado Morro inteiro, interior Sou de um povo aberto Minas, mineral, minero Povo da montanha Seja alegre não se espante Papagaio voar O céu de uma azul de arrebentar É mais fácil sorrir E muito mas fácil que chorar Povo da montanha Poem pra fora suas magoas Abre as janelas, para respirar a vida