Quando eu vivia Nos meus nove anos Nas ruas de diamantina, brincando Chegou o dia Meu pai nomeado Veio a família, para a capital Ah, mas eu sou daqui Pensa ao menino querendo chorar Pensa ao menino ao ver suas malas Guardadas no ventre Do ônibus grande Que ronca os motores Pela madrugada E vai se afastando já Bem devagar Vamos voltar para a casa Meu pai, minha mãe Antes que a vida comece A mudar Antes que a vida Me faça esquecer Que a poesia é a felicidade Descalças na rua de nossa cidade Lá vai o menino Olhando a estrada Cantando recuerdos de ipacarai Não sabe o que vai ganhar Mas sabe o que já perdeu de vez Não sabe o que vai ganhar Mas sabe o que já perdeu de vez