Eu tô bem na minha altura Porque na fadiga do vento É que o veneno circula O vento que balança a vida, bate Chegada e partida em fluxo constante Salte no sentir, a partir da consciência Que consentir e não exercer é ser distante E não existir Mundo te deixa à vontade pra cair Cautela na pureza, o dragão só quer se servir O que friso no saber, só sentindo que se vê O que preciso pra seguir Tá distante de se ter em mãos Recorro aos meus preceitos Ao me ver aliciado pelos efeitos De um feito contra o meu direito De ilustrar meu sonhos plenos e risonhos Nos rascunhos dos meus planos Ironia dos enganos Que costumam me apartar do todo Mas não deixo ser o bastante Pra despertar a maldade que traz o dano Nem fechadas, nem abertas Eu arranco as janelas Pra que a luz e o vento batam Enquanto pinto a aquarela Que, intimamente, me cobra sinceridade E abate o engano que convém Que têm como verdade Alguns Me coço e me enfrento Onde faço a curva Que turva as águas do rio Semeio ideia no cio da Terra Em cada vaso que encontro nesse chão Pra que o vagão não abram E fechem as portas em vão Salvos e sãos, chegaremos E sei que encontraremos Gente vivendo, sorrindo e respirando O vento sem receio Ciente de onde e pra quê veio Devaneio que tem movido Meus pés pelo que creio Já não sou o que foram meus irmãos Nasci de um ventre livre E tive que aprender a ouvir Pra entender a condição De estar aqui, frente a esse caminho a caminhar Vou frisar o que preciso, já sei como pisar Já que a dúvida só vai estar onde eu a colocar Organizo uma bagagem que não me impeça de amar E vou Pra onde a luz daquele sol bater Eu tô bem na minha altura Porque na fadiga do vento É que o veneno circula