Eu faço mil e uma trapalhadas Pra poder viver Para lhe dar, lhe dar o que comer! Ela reclama e chora A toda hora e diz que vai partir Isto é conversa pra boi dormir! Até o pão de açúcar me pediu Mas, eu não vou lhe dar Porque eu não posso carregar! E na memória não me Vem nenhum golpe a destacar Se eu passo numa vitrine Desguio de fininho, ela me faz parar! Uma pele de raposa e coisa E lousa eu tenho que comprar! E vai mandando embrulhar! Duzentos mil no preço Ela acha barato Estou vendo que Qualquer dia, terei que Fazer um estelionato! Será o fim de um pacato Essa mulher é um perigo Eu vou é me desguiar Que não vai dar certo Vou entrar em cana Deus me livre, veja vocês!