Minha missão nesse mundão é trampar como hermeneuta Minha tristeza é desafio pro saber da terapeuta No pulmão, o miasma das eras coloniais Carrego comigo um fantasma de tendências racionais O sorriso forçado faz parte do esquema tático Atrofiei o meu músculo zigomático Entendo que sou antiquado, nem tudo o que eu falo cabe Mas por favor, desliga esse whatsapp Taretto, tu não tava de zoas A tecnologia me aproxima do mundo e me distancia das pessoas A consciência é um hotweiller querendo pular a grade E a ausência dela é um maremoto de angústia que invade A nova moda agora é fingir que num tá triste... Até porque a felicidade alheia é mais ofensiva do que o levantar de um dedo em riste Eis minha graça (Rafael) Sem trapaça Entre outras tantas, a solidão é minha primeira couraça Dizemos talvez, dizemos não Entre, aproveite o espaço Prove como às vezes a vida é doce e às vezes é uma colherada de areia com sargaço M-m-o-r-p-g Eu tenho dó de quem se ultraja pior só pra aparecer Totalmente áspero e intragável Solidão como bem maior, um mal inegociável Nem se eu subisse as montanhas do tibet Tomasse chá de frutas nos cybercafés Stricnasse nas mais cabulosas raves Jogasse moedas nas fontes incontáveis vezes Num há mais nada E se tiver, nada haveria Porque a gente perde tudo Quando identifica a própria demagogia Meu sobrenome original não me nomeia E a melancolia pulsa forte aqui na minha veia Solidão, tô só então Chorando no sótão Será que passa por isso o sultão? Porque ele tem tudo aquilo Que não cabe bem aqui na palma minha mão Eis minha graça (felix) Juro, sem trapaça Entre outras tantas, a solidão é minha primeira couraça Dizemos talvez, dizemos não Entre, aproveite o espaço Prove como às vezes a vida é doce e às vezes é uma colherada de areia com sargaço Rezem por aquele homem Ele não tá aguentando o tranco Esqueça sua militância Não importa se ele é branco A existência tem que ser mais que um projeto que não deu certo Eu penso nelas antes do trajeto do projétil chegar perto Posso até não entender as dores que vocês trazem Porque transformo as minhas em composições É isso que os poetas fazem Não aceito mais crítica com mediocridade Eu já escutei vocês e quase corrompi a minha personalidade Completude-mor, quero obtê-la Nietzsche, espero que cê esteja certo O caos tá aqui dentro, mas eu num vi a estrela Sozinho Lobo solitário Agradeço sua atenção Mas percebo como esse play foi desnecessário! Parece tititi, resenha ou falação Precisaria de mais 50 músicas cujo tema fosse solidão Eis minha graça (singelo) Juro, sem trapaça Entre outras tantas, a solidão é minha primeira couraça Dizemos talvez, dizemos não Entre, aproveite o espaço Prove como às vezes a vida é doce e às vezes é uma colherada de areia com sargaço Enfim, neguim... Deixa registrado aí que eu tô com saudade de mim E que não é só sobre a minha percepção O fato é que transformamos a função fática em forma básica de comunicação O que há no espaço entre as palavras?