Vossa mente sem deslize, não há crise Quando o povo aperta sinto, não há crise Colarinho branco no crime, não há crise, não, não há crise, não, não há crise Dois pesos, duas medidas, é a balança da justiça Os governantes coçam quilhões o povo agarra-se à piça Para muitos brilha o ouro, são vidas de grande nível Enquanto o povo só vê o brilho da luz ao fundo do túnel É na pele que se sente, é na rua que se age, Esta crise para os filhos da nação é um ultraje, Somos personas non gratas, escravos da nova era, Se pensas ter a liberdade, estás sentado então espera, De braços cruzados, à espera da sopa da pedra ao revés Só nos restará a pedra e pouco mais para o arroz Com pedras fazem castelos, com pedras faço batalhas É a puta (??) canalhas Nova crise, nova PIDE, novos salazaristas, Tantos conquistadores, hoje perdemos conquistas Estes país dá passos, mas em passos de futebol, Dois passos para trás, um para a frente em passo de caracol Governo, a maior empresa de marketing, Todo o crédito é fornecido segundo o sistema de rating Calculado o risco, o teu destino é ficar pobre, Menos posses, menos segurança, logo mais o juro sobe Putos, ficam na praia, porque o sol ainda é de graça, Cotas pagam Sport TV para cobrirem a desgraça Amenas vêm do Pingo Doce, trocam notas de 100 na bomba, Brancos não curtem pretos, à sexta vibram com kizomba Gunas, param na foz, agora os betos estão na baixa E o advogado outrora, pica o ponto no jumbo é caixa Tias roubam em lojas de alta-costura Sopeiras levam prateleiras inteiras (?) pagando na altura Sacas fazem-se de cegos, pedindo ajuda para a dose Empresários falam sozinhos engolidos numa hipnose Colectiva, dispara o meu karma e corrói o teu lar A crise não passa de uma desculpa e resulta se nos calar