Era uma vez um menino que veio do céu na mão de uma bonita estrela E cresceu com outros meninos em meio a brincadeira aprendeu com o pai José a ser um carpinteiro E um dia entrou no templo e fez o povo alegre quando falou de liberdade feito gente grande Ainda era um menino quando deixou sua terra e partiu pra longe e ninguém soube dizer qual foi seu paradeiro Mas o povo não esquecia do menino esperto que só tinha 12 anos quando entrou no templo E falou de liberdade feito gente grande Já não era mais menino quando apareceu de novo ele era gente grande Seu cabelo era comprido, abaixo dos ombros e uma barba cerrada lhe cobrira o rosto E os seus olhos brilhavam assim como a estrela que o trouxe lá de longe, já iam 30 anos E ele disse: Eu sou a verdade e a vida eu sou filho de Deus pai, o todo poderoso A candeia dos aflitos, eu sou a luz do povo o sol, o vento, o mar e a chuva são todos meus irmãos Minha voz é como a fonte, revigora o rio, vim pra juntar as pontas quebradas desse anel Se teu coração me abriga és meu filho, e herdarás o céu E assim viveu este menino, semeando amor, perdão, justiça e caridade Sossegava com o olhar o vento e a tempestade E fazia até doutor de lei ficar calado Até que um dia foi traído e sem mais nem menos ele foi preso, espancado e então, crucificado E para espanto das pessoas depois de três dias aqui ele foi sepultado O seu corpo desapareceu do cemitério e até hoje ninguém sabe qual seu paradeiro Mas eu tenho uma certeza cá na minha ideia que ele mora lá no céu e acabou a história Já faz mais de dois mil anos de idade que a santíssima trindade teve aqui junto de nós Cantei só pra matar nossa saudade... Se eu cantar de novo, eu choro Se eu chorar, eu perco a voz.