Fala sério irmão, exploração não dá não O movimento é nacional de real transformação Sua produção, merece valorização Estão de olho na gente surpresos com essa lição A movimentação que se fortalece Que não obedece, essa lógica escrota que nos envelhece Cresce, a reação coletiva Escurece, popularizando a camisa A marca (avisa), a gente (não alisa) A postura em dizer não é pra artista que se valoriza Chega de fazer artista de otário O nosso salário é cachê ele é o fruto do nosso trabalho É ato falho, principal ignorância Confundir profissionalismo, com a militância Em cima do palco, tamo trabalhando, não tamo brincando E os lobos explorando, o suor que estas derramando Seja cantando, dançando ou encenando (em cima do palco, tamo trabalhando) Grafitando, discotecando ou recitando (em cima do palco, tamo trabalhando) E não importa quantos anos tem atuando (em cima do palco, tamo trabalhando) Mesmo que o palco seja o chão repita sem engano (em cima do palco, tamo trabalhando) Se render (não) sem cachê (não) Se render (não) sem cachê (não) É vergonhoso, o papo furado, esse papo de divulgação (não caia não) Pagam fortuna pra quem é famoso e você mais uma vez na mão (né não?) Com esse bando de cara de pau, toma cuidado pra não vacilar Sendo conivente, aceitar convite, sem cachê deixando se explorar (aí não dá) Ensaios, transporte, gravação Compra de instrumento e sua manutenção Contratação de músicos, produção de cd Tudo tem um custo quem não sabe deveria saber Quem pagará o figurino, quem paga o cenário? Quanto mais novo o grupo for mais o cachê é necessário Se é trabalho, e o processo é seletivo Como evoluir, investir no profissionalismo? Nosso ativismo pelas transformações, Melhores condições, temos nossas ações Sociais e tais sujeitos sabem bem te explorar Tirando o direito de nos auto-sustentar Na tal divulgação tu vai pagando pra se apresentar Quem come esse h, paga mico, não sai do lugar Se respeito é bom, faça acontecer Campanha nacional cadê o cachê? Se render (não) sem cachê (não) Se render (não) sem cachê (não) Esse amor, que não se valorizou, que deixou Ser enrolado, ser usado por um monte de explorador Que se apresentou, como se fosse um favor E o amor pela arte, de repente, se rebelou Passe a prever no seu projeto Deixar de fazer artista de objeto O manifesto, mais que um protesto Foi dizendo sim, se tratando como resto Grupos acabaram, sonhos se fecharam Em troca de transporte, lanche, divulgação Tanto tempo coniventes, mas para nossa gente A regra, se transformou em exceção Fechar apresentação, na palavra não Contrato ta na mão e por prevenção tem outra opção Termo de compromisso, não esperava isso? Achava que o amor seria sempre submisso? Se render (não) sem cachê (não) Se render (não) sem cachê (não) Mais importante, que lanche, é falar por toda parte Sua fome é de sobrevivermos, da própria arte Investir na qualidade, chegou a tua hora, tamo caindo fora Tchau, bye Existem mil maneiras de dizer um não Invente a sua