Ei, neném, São rãs e sapos no quintal vazio Ei, neném, São chuvas finas na beira do rio Um bicho brabo nas "brenha" Prás bandas lá da mucajá Neném, a ginga das "égua" Na noite preta, tum-ta-tá E é tanto terço no roxo do frio Tum-ta-tá São sete embalos na rede navio Um tiro longe, quem fere Prás bandas lá da mucajá? Neném, teus "filho" no mundo Na noite preta, tum-ta-tá Mata de mata que na terra de tua saia Menina, mãe d'água aguou Terra de terra que na mata de teu cabelo Rescende cheiro-cheroso, Chuva, funga que fungou Rio de rio que na maresia dos olhos Menina, desembocou Noite de noite que na cabeceira da ponte Se afoga, peixe bubuia Moça, caboco emprenhou Ei, neném, adeus, quem dera Velas, ai marés Ei, neném, rio acre, o mundo Ai igarités Um pau-de-arara, silêncio, Pras bandas lá da mucajá Tum-ta-tá morto, matado Na noite preta, tum-ta-tá Preta tu não "tem" medo Tu não "tem" guia manicoré Flor, flor dos aramados Ferpa, farpado, seu coroné.