Imperdoável eu me tornei Quando me neguei Ao acreditar que não era capaz Por medo de errar Quando o Sol se põe, eu deito minha cabeça No travesseiro e as memórias voltam Como um tiro bem na face, que esvai minha felicidade Um passo atrás do outro, contam minhas histórias O alcance da minha culpa, não ficará de fora Mas as frustrações vão além das páginas marcadas Através do espelho, vejo que sou uma farsa Queria viajar no tempo Só pra saber se aprendi Se me tornei o iluminado ou se me perdi A chuva de rosas vem pra limpar, mas me sinto pecador As tintas na minha pele são para eternizar a minha dor Sem amor, sem vida, sem nada, apenas o vazio Imperdoável eu me tornei Quando me neguei Ao acreditar que não era capaz Por medo de errar Subjugando minha carne, diminuindo meu saber A ignorância sucumbiu o meu ser A escuridão que me aflige, a impotência me extingue Cada dia mais fraco, sem razão pra viver Mas sempre consciente Eu olho o meu passado E cubro minhas mãos com pensamentos De que nada foi em vão Tão machucado e com marcas eu fiquei Não sei mais o que fazer O futuro irá dizer