Tempo, não tem tempo de razão em frações de segundos Quase dois, quase dois mil anos depois Mil homens morrem em ação no frio, asfalto da cidade grande Quase dois, quase dois mil anos depois A paz não existe no peito, o céu não pertence mais aos passarinhos Foguetes o atravessam em busca de destruição Quase dois, quase dois mil anos depois Quando eu levantei os braços, falei de paz e amor, ninguém me entendeu Me chamaram de sonhador Quase dois, quase dois mil anos depois Quando eu abaixei os braços, falei da minha angústia, do meu desespero Ninguém me entendeu Me chamaram de poeta Minha gente Quase dois mil anos depois Não entende, que é urgente, preciso devolver as trincheiras Construir o amor, livre e sem barreiras Que assim não dá jeito, ninguém tem o direito de matar ou morrer Por uma fronteira Vem, não me obrigue a pensar, que as vezes no mundo, existe só eu Vem, que ainda tem tempo, eu preciso provar, que o amor não morreu Todos de mãos dadas na mesma canção Vem, traz uma flor, somos todos irmãos