Um dia Deus apareceu A Salomão num sonho Pede o que queres, será seu Salomão disse, risonho Sou apenas um menino E Tu me deste o reino É grande a multidão Como liderar a nação Sem ter sabedoria? Dá-me isto, noite e dia Quero saber a diferença Entre o bem e o mal Pra julgar qualquer sentença Com justiça real Deus gosta Da resposta E a Salomão falou Tanta coisa poderia Você, a mim, pedir Mas pediu sabedoria Para o bem discernir Não pediu muita riqueza Não pediu a longa vida Não pediu honra e beleza Nem comida, nem bebida Não me pediu vida mansa Cercada de amigos E nem a vingança Para os teus inimigos Tudo isso lhe darei Junto do que me pediu Será o mais sábio rei Que nunca antes existiu E nenhum existirá Nem aqui nem acolá Salomão acordou E a Deus adorou Passou-se pouco tempo Logo veio o contratempo Duas mulheres vieram Diante dele se puseram E uma contou-lhe este caso Moramos na mesma casa E eu tive um neném Três dias depois do meu parto Ela teve um bebê também O bebê dela acabou morrendo Porque em cima dele ela dormiu E ela, trocou, de noite, que horrendo O seu, morto, pelo meu, vivo, viu? Quando acordei e fui dar de mamar Vi que a outra queria me enganar A outra disse: O meu é o vivo E a outra responde: Em definitivo O seu é defunto, termine o assunto! Salomão deu uma sugestão Peguem um facão Façam uma divisão Metade do vivo pra uma A outra metade pra outra dama Uma concordava Façam a divisão Se não é meu Não será seu não De maneira alguma! Disse a verdadeira mãe, comovida Deem o bebezinho à outra Mas o deixem com a vida Salomão fez uma conclusão Dai a esta o menino vivo Ela não aceitou a divisão Porque ama, este é o motivo É a mãe verdadeira E o povo desta maneira Viu que o sábio Salomão Governaria bem a nação