Boa noite, meu amigo! Boa noite! Por que não conta esta tua mágoa? Quantas vezes te vejo embriagado Sempre ao lado de uma mesa sentado Um cinzeiro cheio de cinzas de cigarro queimado Deves ter um grande remorso Ou o desprezo de alguém que era tua amada Sei, meu amigo Tantas vezes embriagado Sempre ao lado de uma mesa sentado Sempre da sociedade afastado E com o cinzeiro cheio de cinzas do cigarro queimado Vou lhe contar um pouquinho do meu passado Veio o desprezo naquela mulher Mas não consigo me dominar Sempre bebendo pra distrair Sempre fumando pra disfarçar Aquela mulher que eu tanto quis Ao lado dela sentia feliz Hoje eu me sinto como um moribundo Sofrendo calado ao ventre do mundo Não, não é esse o meu dever Enquanto você sofre ela vive nos bares a beber Esqueça aquela fingida E vamos novamente a vida viver Sim, meu amigo, você tem razão Não sofro por ela por sua prisão Por cousa de outro destruiu meu lar Na vida ou na morte ela há de pagar