Na querência que eu estou morando Eu conheço uma flor de mulher Ela vive me olhando ligeiro Demonstrando assim que me quer Alguns dizem que ela namora Mas ainda não sei com quem é Qualquer dia eu suspendo essa prenda Na garupa do meu pangaré O sujeito que foi noivo dela Diz que vai dar um tiro em meu pé Valentia pra mim não resolve Falo e provo se alguém quiser Não adianta querer me por medo Eu enfrento o perigo que vier Pois eu levo comigo essa prenda Na garupa do meu pangaré Resolvi mudar de querência Longe de invejoso cruel Mas primeiro vou falar com ela Pra inventar um enredo qualquer terminando esta onda danada Aproveito então a maré Escondido eu carrego esta prenda Na garupa do meu pangaré Ela entrou embora comigo Combinamos e se deus quiser Eu vou ter quem me faça carinho E as vezes um bom cafuné Santo Antonio será nosso dia Pois nele tenho muita fé Já notei que esta linda prenda Vai ser dona do meu pangaré