Em terra improdutiva Sobrevivendo de migalhas Nos matam pouco a pouco Proíbem nossas armas Errando nas escolhas Destino congelado Furtam nossa esperança Nos condenam ao passado Veja nosso futuro Mendigando em nosso leito Rogando vossas pragas Contra o nosso peito Os anjos que agora caem Com esse riso louco assassino De costas para o sol De frente ao abismo Duvido da certeza, arrisco no improvável Engano o bote certo, antevejo o passado Sublinho pensamento, atiro sonhos no papel Cega clarividência, no alto o abismo céu