Luz do templo gauderio, eterno guardião do pago Assim como tu também trago deste Rio Grande os mistérios Se aquerenciaste no pampa no fundo das invernadas Desde a coxilha a canhada tua silhueta se estampa Dizem que em outras eras esse teu corpo sem luxo Renasceu de algum gaúcho que morreu pelas taperas E pra formar teu altar o patrão nosso Senhor Fez da coxilha um andor para o papa te adorar Nasceste após a invasão partida dos castelhanos Onde o guasca soberano lutou por este torrão E ao meio desse alarido da garrucha, lança e adaga Mandou a última pegada repontando o inimigo E hoje de sentinela aquele gaúcho antigo Nos previne do perigo quando alguém nos atropela E há de alertar nossos filhos contra o perigo da sorte Até de pelear contra a morte neste Rio Grande caudilho