Amaranto Pereira já não existe mais Deixou o nome na história, mas não ficou nos anais Muitos usaram teu nome Mas se esqueceram do homem que não está mais aqui Ninguém te olhou como gente, somente riram de ti A morte é como a charqueada, não ouve o berro do boi Hoje poucos recordam do gaúcho que se foi Quem foi changueiro da arte alegrando este rincão Veja que triste ironia o que eu soube poucos dias Pra comprar o pão do dia A sua esposa vendia a sua gaita de botão Mando um recado ao Taborda do conjunto Os Maragatos Que conhece do Amaranto, cada historia, cada fato Quando sobrar-lhe uns cobres recorde desses herdeiros E o velho regionalista que foi cantor, repentista Gaiteiro e até humorista Na vida quis ser artista e não pode ganhar dinheiro.