Escaldante dia quente Atropelado, fé com fogo Mãos pro firmamento Raspa panela, come farelo Conta coma sorte Reza pro mundo E nesse mundo é bico E outro bico pra viver Bebendo lama, ouvindo pratas Limpando quitais Morrendo na lama, perdendo direito A lei tá o caos Samba na rua num enredo torto Sonha com o mundo E grita gol, quando rola o futebol Engole a verdade, transa com medo Fuma no escuro O que decidem pra nós É uma rima nua e crua Com uma chibata de muitas cores Sou cidadão do mundo? Ou cidadão do queto? Militares no poder Juízes no poder Pastores no poder Loucos no poder Corruptos no poder E quem paga esta conta é o Povo! Escaldante dia quente Atropelado, fé com fogo Mãos pro firmamento Raspa panela, come farelo Conta coma sorte Reza pro mundo E nesse mundo é bico E outro bico pra viver Bebendo lama, ouvindo pratas Limpando quitais Morrendo na lama, perdendo direito A lei tá o caos Samba na rua num enredo torto Sonha com o mundo E grita gol, quando rola o futebol Engole a verdade, transa com medo Fuma no escuro O que decidem pra nós É uma rima nua e crua Com uma chibata de muitas cores Sou cidadão do mundo? Ou cidadão do queto? Ser ou não ser? Eis a questão Com tanta gente idiota pra decidir o que a gente deve ser ou não Cristão, ateu, LGBTQI, esquerda, direita Quero meu direito de ir e vir, expressar, fumar, ser e cantar Não quero anarquia, eu quero direitos Não quero anarquia, eu quero direitos Direitos iguais