São quatro irmãos, quatro tentos De um laço sovado e forte. Talvez os quatro elementos Unidos no mesmo porte Ou mesmo a rosa dos ventos Leste, oeste, sul e norte. Um trevo de quatro folhas Prenunciando a própria sorte. A sorte tem quatro faces Cada qual com seus atalhos. Simbolizadas nos naipes Pra quem conhece o baralho. Na anca do pingo bate, Mas volta sem atrapalho. A sorte anda num flete Cola atada de quatro galhos. São quatro vozes ouvidas Nas estâncias, nos quintais Pelas várzeas estendidas, Nas coxilhas, capitais. Vão as vilas escondidas Voltam das perimetrais. Quatro cantos do planeta Com sotaques regionais. Quatro pétalas contadas Que formam um bem-me-quer No vento são espalhadas, Por onde o vento quiser. Mas voltam na mesma estrada Cada um quando puder. São quatro irmãos, quatro tentos Três homens e uma mulher.