Sempre vivia a me alegrar, Muitas mulheres a me amar Desilusão, estou no chão, Me chame o padre pra confissão Eu vejo a lua resplandecer Eu sinto um frio a me envolver Chegou a hora, tenho que ir Me traga o padre pra extrema-unção Minha cela então se abre com pressão Vêm os guardas e me arrancam da prisão Meus colegas tentam esticar as mãos Não alcanço meu esforço é em vão Todos gritam "isso tudo não é lei" Todos gritam "esse homem nada fez" Não importa, tudo agora, é em vão Vou prá sempre encarar a escuridão Minhas pernas começaram a tremer Me carregam, tenho mesmo que morrer Corredores na penumbra, não há luz Eu seguro com firmeza uma cruz Choro muito eu não queria saber Exatamente a hora em que ia morrer Não me prendam na cadeira por favor Não fiz nada para encarar a dor É meia noite, é minha vez Minha vida acaba, sem lucidez Não chores mãe, estarei bem... Que os homens cumpram as suas leis... É meia noite, é minha vez Minha vida acaba, sem lucidez O guarda abaixa a sua mão A morte chega, ao coração