Aqui o bicho pega, na charrete, uma égua Atrás poeira ela deixou quando cruzamos o carreador Compadre Chico pira quando nós chega na pista De rastro o aroma do estrume da Paloma De Jeca nós não sai, nós só usa Calvin Klein De peixeira na cintura nós mostra como é que faz Botina é de couro de solado de borracha Na boca o palheiro carregado de fumaça Chegamos na cidade e todo mundo olha de lado O desejo das meninas, inveja dos cabra macho Engana quem é que pensa que nós veio fazer feira As unhas tão marrom, mas a carteira tá cheia Boteco do Marreco é parada obrigatória Desce um Velho Barreiro e uma corda de viola O sol vai se aprumando, se embora pro barraco De manhã matar o porco pra de tarde ter churrasco A noite os vizinhos chegam de todo lado Reunindo todo mundo pra hora do carteado O rango já tá pronto, sinto cheiro de queimado A velha esqueceu o fogo do feijão ligado Na rede nós balança, cantando na varanda Se malandro abusar a cartucheira é quem canta O couro tá coçando, acabei de cochilar Borrachudo filho da égua aproveitou pra me picar No outro dia acordo cedo e já procuro a enxada Direto lá pro pasto pra carpir toda a quissassa Meio dia vem chegando e as lombrigas se agitam Mas não tem problema, tem banana na marmita O sol tá estalando, o suor pinga da gente Mas não tem problema, pinga boa é pinga quente O radinho é de pilha, mas anima o nosso almoço Tocando os modão do Tonico e Tinoco