Serrinha e Zé do Rancho

Bonde Camarão

Serrinha e Zé do Rancho


Aqui em São Paulo o que mais me amola
São esses bonde que nem gaiola
Cheguei abrir uma portinhola
Levei um tranco e quebrei a viola
Inda pus dinheiro na caixa da esmola

Chegou um véio se faceirando
Levou um tranco e foi cambeteando
Beijou uma véia e saiu bufando
Sentou de um lado e agarrou suando
Pra morde o vizinho tá catingando

Entrou uma moça se arrequebrando
No meu colo ela foi sentando
Pra morde o bonde que estava andando
Sem a tarzinha estar esperando
Eu falo claro, fiquei gostando

Entrou um véio bem barrigudo
Levou um tranco dos bem graúdo
Deu um abraço num bigodudo
Um protestante dos carrancudo
Que deu cavaco com o butinudo

Eu vou-me embora pra minha terra
Esta porquera inda vira em guerra
Este povo inda sobe a serra
Pra morde a Light que os dente ferra
Nos passageiro que grita e berra