Ai, quando eu era carrero Eu fui um cabra luxoso Tinha dezoito boi preto ai, ai No cabeçáio o Barroso Adeus morena Quando entrava na cidade Meu carro entrava cantando As mocinhas na janela ai, ai Entravam pra dentro chorando Adeus morena Meu carro cantava triste Que nem a perdiz no campo E até meu coração ai, ai Se desmanchava em pranto Adeus morena Meus boizinho ensinado De cor preto aveludado Vive na recordação ai, ai Dos carrero apaixonado Adeus morena Distante da mocidade Daquele tempinho bão Aqui sofre este carrero ai, ai De sôdade e de paixão Adeus morena Recordando as estrada Do meu querido sertão A saudade no meu peito ai, ai Cresce na imaginação Adeus morena Tinha um ranchinho triste No barranco da estrada Tenho a recordação ai, ai Da mais linda namorada Adeus morena Naquele campo formoso Quando meu carro cantava As plantinhas do caminho ai, ai Parecia que chorava Adeus morena Meu carro não canta mais Por este chão brasilero Na costa deste carrero ai, ai Já tem noventa janero Adeus morena