Ele mentiu para si mesmo Deixou pra trás as verdades selvagens de seu peito Sobreviveu dia após dia, mas sem viver E se ensinou a se esquecer Fechou a porta entre seus olhos e a cabeça Pensou: Talvez a ignorância seja algo que eu mereça Talvez seja a deixa para eu fugir daqui Vou encontrar um lar porque o meu não é aqui Eu sou como um trilho velho Sou como o elvis mudo Um poeta analfabeto Criança em cima do muro Como um stand-up sério Como um cão de caça surdo Como um diário aberto Como a sombra no escuro E no caminho se perguntou: Quem é que conta os pontos Quem é que está criando os contos de ficção em mim Quem é que pede o braço logo depois da mão Quem é que disse que o se é melhor que o então Percebeu então, não tarde, que era melhor voltar Eu sou minha própria casa, eu sou o meu próprio lar Não há escuridão pra uma mente clara, enfim Vou aceitar um não tanto quanto um belo sim Somos os primeiros passos e as risadas das crianças Somos o verão dos pássaros Somos valsa, blues e dança Dos presentes somos laços Dos dedos as alianças Dos mais velhos rostos, traços Carregados de lembranças