Parar no pôr-do-sol e assistir à lua Ouvir o sabiá em toda a sua ternura Correr entre os pinhos sem qualquer canseira Pegar o caminho que me der na telha Levar o meu corpo em direção ao sol Mas não encontrei o meu farol Vou procurar esse lugar sem qualquer alma impura No qual se encontra, intocável, a cobiçada cura Estilhaços nessa mata escura Que abriga algo além de tanto algor Criaturas prendem os meus pés no chão E tento correr para longe da escuridão (Para o mais longe que eu puder) Vou procurar esse recanto que me deixa alegre E dispensar todo esse medo que me segue E elimina a tal esperança do meu coração Mas os caminhos não dizem se são sim ou não E as estrelas não apontam uma direção Talvez a solução seja voar como o sabiá Como um pássaro livre, encontrar o meu lugar (Voe o mais longe que puder)