Levanto com o Sol A noite e o dia se encontram No café com leite que eu faço Dos rumos da manhã fria Vou pra lavoura passo a passo Tenho dois bois O paciência e o alegria Entre a plantação e a colheita Há o Sol das estações As luas do mês E a luta de cada dia Escuto num rádio de pilha As dores do meu país Tudo que se planta não paga Os juros de uma dívida que eu juro, não fiz Planto pra minha gente A mesa farta e feliz Se a colheita é um milagre Que o milagre se reparta Quem fez a dívida, pague Sei de calos e sementes Conheço o grão e a raiz Senhores da economia Não pagarei os penhores Não permitirei a sangria Por dívidas que eu nunca fiz