Sérgio Reis

Chuá Chuá

Sérgio Reis


Deixa a cidade formosa morena
Linda pequena
E volta ao sertão
Beber a água

Da fonte que canta
Que se levanta
Do meio do chão
Se tu nasceste cabocla cheirosa
Cheirando a rosa
Do peito da terra

Volta prá vida serena da roça
Daquela palhoça
Do alto da serra
E a fonte a cantá
Chuá, chuá
E as água a corrê
Chuê, chuê

Parece que alguém
Que cheio de mágoa
Deixaste quem há de
Dizer a saudade
No meio das águas
Rolando também

A lua branda de luz prateada
Faz a jornada
No alto dos céus
Como se fosse
Uma sombra altaneira
Da cachoeira
Fazendo escarcéu
Quando esta luz
Na altura distante
Loira ofegante no poente a cair

Dá-me essa trova
Que e o pinho descerra
Que eu volto pra serra
Que eu quero partir
E a fonte a cantá
Chuá, chuá
E as águas a correr
Chuê, chuê

Parece que alguém
Que cheio de mágoa
Deixaste quem há de
Dizer a saudade
No meio das águas
Rolando também