E a plebe se acumula, na fila dos milagres Em uma bondade que talvez nem tenha coração Insistem te dizer, que você está só E apesar de todos os males, vê que é o melhor E o sol que vêm só de vez em quando Se cansou de não te ver sorrir E as ruas sempre cheias, daqueles sozinhos Nessa São Paulo desvairada Nessa garoa cheia de não ter graça Nessa selva de pedra ruída e soltaria Ela te guarda, ela te guarda Enquanto os desumanos multiplicam as desgraças E os sonhos vão embora junto, Com a tragada do cigarro E o velho centro de prostitutas e mendigos Mostram que o final feliz há muito tempo já passou Que de mim já faz parte, a cidade faz seu papel Mamãe já sei onde mora o papai Noel, o papai Noel Nessa São Paulo desvairada Nessa garoa cheia de não ter graça Nessa selva de pedra ruída e soltaria Ela te guarda, ela te guarda Alguma coisa acontece com o meu coração...